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Muitos são os casais que nos perguntam quais os objectivos da terapia
de casal, tentando perceber “como se faz”. Esse desejo é
compreensível pois quando falamos de casal temos que falar de amor
(esse sentimento tão bem descrito pelos poetas, que povoam o nosso
imaginário e fantasias) e “trabalhar racionalmente sentimentos que
são profundamente irracionais é complexo” (Caillé), donde
resulta uma complexidade difícil de expressar na linguagem falada ou
escrita.
Embora ao se falar de casal não
seja possível encontrar uma “poção mágica” género
formulário (podendo até se cair no ridículo e caricato), tentaremos
explicar algumas linhas orientadoras dos objectivos da terapia
(Miermont e col, 1994):
- definição dos problemas;
- clarificação das necessidades e dos desejos, no âmbito da relação conjugal;
- redefinição da natureza das dificuldades do casal;
- reconhecimento, de cada um, da sua contribuição para o disfuncionamento do casal;
- modificação dos modelos de comunicação, das regras de funcionamento e dos estilos de interacção;
- um acréscimo das capacidades de ajuda mútua;
- uma diminuição das atitudes de coerção ou de censura;
- aumentar a cooperação do casal para resolver as suas dificuldades;
- modificar a análise das necessidades individuais no casal;
- aumentar a capacidade de expressão emocional e de escuta em cada um dos parceiros;
- estabelecer uma relação profissional positiva entre o casal e o terapeuta;
O terapeuta terá que “convencer”
o casal de dois pressupostos: ninguém
consegue mudar o outro,
o melhor que se consegue é que o outro mude qualquer coisa na
relação; cada um tem de definir quais os seus limites
de mudança na relação,
a partir dos quais se sente “uma não pessoa”. Aqui o terapeuta
facilita a negociação, ajudando a descodificar propostas e
desbloqueando impasses (Gameiro, 2010).
Então mais do que tentar mudar o
outro não será melhor pensar o que cada um pode modificar e
conhecer-se a si próprio na relação?
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